Ceará: Secretaria de Saúde emite alerta para risco de peste bubônica no estado

A Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) emitiu na segunda-feira (12) uma alerta para notificação imediata de peste bubônica. De acordo com a pasta, o último caso da doença no estado foi registrado em 2005, no município de Pedra Branca. A nota técnica da secretaria orienta vigilância em 42 cidades cearenses. A enfermidade é transmitida pela bactéria Yersinia pestis, a mesma da peste negra, doença que matou milhares de pessoas na Europa durante a Idade Média. Ela tem como vetores pulgas de dezenas de espécies. Os principais hospedeiros são os roedores, como camundongos, ratos, capivaras e até porquinhos-da-índia.

Apesar de não serem os hospedeiros naturais, os humanos podem contrair a doença por meio de mordidas de pulgas infestadas nesses animais ou inalação de ar contaminado, no caso de pneumonia grave. O contato com os roedores ocorre, segundo a secretaria, quando o homem invade os ecossistemas desses hospedeiros infectados em atividades de caça, agricultura, comércio ou lazer. Animais domésticos, tais como cães e gatos domésticos, também estão associados a algumas das principais espécies de pulgas da peste. Apesar da possibilidade de doença se disseminar por todo o território, inclusive urbano, o risco de epidemia é quase nulo devido às melhores condições de higiene. 


Ainda segundo o documento emitido pela Sesa, a “persistência desses focos deve ser considerada uma ameaça real e permanente de acometimento humano nessas regiões, que pode estender-se para outros lugares, inclusive centros urbanos, tornando-se imperativo que os técnicos de saúde estejam preparados para lidar com o problema”.


A Sesa ponderou, entretanto, que a nota técnica se refere ao trabalho de vigilância e prevenção à doença e não sobre casos existentes. “O Ceará não está em risco de peste negra e não registra casos de peste bubônica desde 2005. O alerta é para os profissionais continuarem a realizar o trabalho de prevenção e controle desta, como também de outras doenças, e assim, evitarem o reaparecimento de casos no Ceará”, afirma o documento.


Fonte: AcopiaraAlerta

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