Há quem o chame de “julgamento do século”. Em tempos de prisões e escândalos envolvendo meio mundo político, a classificação até soa precipitada para alguns. Pelo sim, pelo não, a rotina de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, começa a ser alterada já nesta terça-feira. Tudo para a sessão que, no dia seguinte, às 8h30 da manhã, irá julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trânsito bloqueado, acessos limitados, grades de proteção por todos os lados e um megaesquema de segurança, com a participação de quatro mil policiais, vem sendo preparado em torno da sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no bairro Praia de Belas

Os rumos que o processo eleitoral de outubro pode tomar estão nas mãos dos três desembargadores da 8ª Turma do TRF4. E desperta um alvoroço por todo o país. Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro de R$ 2,2 milhões em primeira instância. O valor corresponde, segundo o Ministério Público Federal, a um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e suas respectivas reformas no condomínio Solaris. Tudo teria sido custeado pela empreiteira OAS, que teria dado o imóvel como propina em troca de favorecimentos em licitações. O ex-presidente nega que tenha aceitado o imóvel da empreiteira e apela, agora, em segunda instância, por sua absolvição.

Ícone do combate à corrupção e da renovação do poder no Brasil, Lula recorre à sentença do juiz Sérgio Moro, que o condenou a 9 anos e meio por corrupção. Se condenado em segunda instância, o ex-presidente não poderá ser preso. A sanção só poderia ser aplicada depois de julgados todos os recursos.
Fonte: Sertão Alerta

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