Três empresários são presos no Ceará e MPCE investiga fraudes em licitações

Três empresários foram presos nesta sexta-feira (23) na segunda fase da operação “Cascalho do Mar”, que investiga crimes contra a administração pública em prefeituras cearenses. Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), os três homens foram presos por suspeita de fraudes em licitações, e um quarto envolvido foi detido no mesmo imóvel por posse ilegal de arma de fogo.

Os promotores de Justiça da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap) iniciaram o cumprimento dos mandados judiciais às 6h, com apoio da Polícia Civil. Além das prisões, os agentes apreenderam quatro veículos, relógios, documentos, CPU e pendrives. Os alvos principais foram os empresários e procuradores das firmas investigados durante a operação.

Conforme o MPCE, os suspeitos tinham relação com empresas investigadas por supostas fraudes em licitações em diversos municípios do Ceará, desde 2011. Essas empresas venciam os processos licitatórios para prestar serviços de locação de veículos, locação de pessoal, merenda escolar, transporte escolar e coleta de resíduos sólidos nos municípios.

Empresas de fachada

Os envolvidos são de uma mesma família e criavam diversas empresas de fachada. “Eles criavam várias empresas, ora como proprietários ora como procuradores, e usavam ‘laranjas’ para omitir seus nomes na razão social de algumas firmas. O objetivo era fraudar licitações em prefeituras cearenses”, informou o MPCE, em nota.

Segundo a Procap, muitas empresas não tinham patrimônio próprio nem funcionários. Os empregados só eram contratados após a conquista das licitações. Os servidores eram indicados por vereadores e lideranças políticas dos municípios investigados, conforme o órgão.

Um dos alvos da operação foi uma empresa que não tinha nem sede própria. Os promotores de Justiça foram ao endereço informado e localizaram apenas um beco no Bairro Joaquim Távora.

Primeira fase

Em dezembro de 2017, o MPCE realizou a primeira etapa da “Operação Cascalho do Mar”. Os mandados da primeira fase foram cumpridos em Paracuru, Fortaleza, Tauá, Eusébio, Caucaia e Groaíras.

O prefeito de Paracuru, José Ribamar Barroso Batista, chegou a ser preso por porte ilegal de arma. O filho do prefeito e dois empresários foram presos suspeitos de envolvimento no esquema ilegal.

A chefe do gabinete de Paracuru, que é filha do prefeito, também foi presa temporariamente na primeira fase, além da secretária de governo, e de outro empresário investigado, segundo o MPCE. O órgão disse que a secretária e o empresário já foram liberados.

Fonte: G1 CE



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