Até o momento, a Funceme registrou 581,4 milímetros (mm) de chuva, um desvio de apenas 3,2% abaixo da média história, que é 600,7 mm.

O fim do mês de maio data também o fim da quadra chuvosa deste ano. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) ainda está finalizando a avaliação da quadra deste ano, mas já se sabe que esta foi a melhor desde 2011. Até o momento, o órgão registrou 581,4 milímetros (mm) de chuva, um desvio de apenas 3,2% abaixo da média história, que é 600,7 mm. 

De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), a estimativa é que o acumulado seja suficiente para abastecer o Estado até o início do próximo ano, 2019, caso o consumidor mantenha as metas de economia e reduza o desperdício. Contudo, segundo a Cogerh, as precipitações foram mal distribuídas. Os principais açudes que abastecem os cearenses mantêm volumes baixos. 
O volume de água armazenado nos 155 reservatórios monitorados pelo órgão é de 17,03%. No início da quadra chuvosa, a média do volume de água era de 7,5%, contabilizando um crescimento de aproximadamente 139% após três meses de chuvas. Dentre os reservatórios monitorados, 14 estão sangrando e outros 30 açudes estão com volume acima de 90%, incluindo o Cocó. 

Ainda assim, a maioria dos açudes está com volume abaixo de 30%. Dentre os 83 nesta situação, estão os três maiores do Estado: Castanhão, Orós e Banabuiú. O Castanhão, responsável por abastecer a Capital e Região Metropolitana, está com 8,52% da sua capacidade preenchida. Já Orós e Banabuiú estão com volumes de 9,55% e 7,01%, respectivamente. Outros 25 açudes estão com volume morto e 6 estão secos (Broco, Carão, Faé, Favelas, Nova Floresta e Serafim Dias).

A quadra chuvosa do Ceará acontece anualmente de fevereiro a maio. Nesse período, as chuvas são influenciadas pela presença da Zona de Convergência Intertropical – ZCIT, considerada o principal sistema ocasionador da pluviometria no norte do Nordeste. Os próximos meses se configuram como pós-estação chuvosa, com previsão de chuvas esporádicas nos meses de junho e julho, causadas pelo fenômeno chamado Ondas de Leste.

Essa é a melhor quadra chuvosa desde 2011, quando a Funceme registrou 659 mm (acima da média histórica, 600,7). No ano passado, 2017, a média da quadra chuvosa foi de 551,7 mm. Entre os anos de 2012 e 2016, a média oscilou entre 300 e 460 mm apenas. Confira a evolução da média nos últimos anos.

Quadra chuvosa (2011 a 2018):
2018 – 581,4 mm 
2017 – 551,7 mm
2016 – 327,3 mm
2015 – 418,7 mm
2014 – 460,2 mm
2013 – 364,4 mm
2012 – 302,5 mm
2011 – 659,0 mm 


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