Grupo explode agência bancária da cidade de Irapuan Pinheiro no Ceará

Bandidos explodiram uma agência bancária na madrugada desta sexta-feira (31), no município de Deputado Irapuan Pinheiro, no Sertão Central do Ceará. De acordo com a polícia, o ataque ocorreu por volta das 2 horas.

Ainda não há informações de quantos bandidos participaram da ação. A polícia da cidade de Senador Pompeu e de cidades vizinhas estão se deslocando para Irapuan Pinheiro para tentar prender os assaltantes.

Na fuga os assaltantes atiraram contra policiais e incendiaram um veículo. Sindicato dos Bancários do Ceará diz que este foi o 30º ataque contra bancos em 2018.

População do estado prejudicada
Cerca de 750 mil habitantes do Ceará estão sendo prejudicados por causa dos ataques contra bancos no ano de 2018. A informação é do Sindicato dos Bancários do Ceará.

Outros dados do sindicato chamam atenção. Por causa da violência, 15 agências explodidas estão sem funcionar por completo. Vinte e três agências estão funcionando precariamente ou sem tesouraria. Cerca de 200 bancários estão sem ter lugar fixo de lotação. Ainda de acordo com o sindicato, 38 municípios estão com dificuldades nesse tipo de atendimento bancário no estado.

O sindicato informou ao G1 que já fez vários encaminhamentos para solucionar a questão, como audiência com a direção do Banco do Brasil, que é o mais atingido pelos ataques devido a sua capilaridade pelo estado, e com o governador Camilo Santana, cobrando segurança para os bancários e para a população.

Após negociação com o governo, o sindicato informou que algumas medidas foram tomadas como a criação do Cotar, Batalhão de Fronteira, Ciopaer para o Cariri e Sobral, mas os bandidos continuam sitiando as cidades e explodindo agências bancárias no Interior.

O Sindicato encaminhou aos vereadores e deputados estaduais a aprovação de leis de segurança bancária em vários municípios. O sindicato reforçou que em Fortaleza foi aprovada a Lei Municipal de Segurança Bancária e no âmbito Estado, foi aprovada a Lei Estadual de Segurança Bancária, ambas de 2017.


Cidades do Cariri prejudicadas com a falta de bancos

Moradores de duas cidades da Região do Cariri do Ceará estão sofrendo com as consequências dos recentes ataques contra agências bancárias. Para sacar dinheiro em Nova Olinda, os moradores recorrem as lotéricas e correspondentes bancários. “Muita coisa. Prejudica muita coisa. Para resolver qualquer coisa temos que ir em outra cidade. Ir para fora daqui”, lamenta a aposentada Aparecida Ferreira.

Além da insegurança dentro da cidade, há também nas estradas. Por causa do problema muitos idosos têm que pegar transportes alternativos para se deslocarem para outras cidades para sacar a aposentadoria. Os assaltos nas rodovias são frequentes. “Aí é o que acontece? Assaltos nas topics. Maioria do pessoal que é aposentado na cidade tem que receber em outro município. Pessoal vai e pratica os assaltos”, diz o auxiliar de produção, Marcone Nunes.

A aposentada Gorete de Oliveira reclama da dificuldade de pagar as contas e das longas filas que tem que pegar. “Tem que procurar outra coisa melhor porque senão cortam a água da gente e a energia”, diz

A agência bancária de Nova Olinda foi explodida por criminosos em julho de 2017. No momento o banco passa por reformas e não há nenhuma informação sobre quando ela vai voltar a funcionar.

O problema se repete na cidade de Santana do Cariri. Um dos bancos do município foi alvo dos bandidos em março de 2018. Sem banco, o agricultor Gilberto Alvesusa o aplicativo para poder resolver problemas bancários. “Se não for pelo aplicativo só se eu for para o Crato ou Juazeiro do Norte. Para cidades mais próximas”.

Agências bancárias fechadas ou sem condições de trabalho:

Aiuaba – agência explodida; sem funcionamento;
Antonina do Norte – agência explodida, funcionando na sala da Prefeitura, sem numerário;
Aracati – agência explodida, funcionando precariamente, com centenas de clientes de outros municípios;
Araripe – agência explodida; sem funcionamento;
Assaré – agência explodida e em condições péssimas, mas funcionários trabalhando, sem numerário;
Barreira – agência explodida, funcionamento parcial sem numerário;
Capistrano – agência explodida, mas funcionando sem numerário;
Carius – agência explodida; sem funcionamento;
Catunda – agência explodida; funcionando sem numerário;
Cedro – agência explodida; funcionando sem numerário;
Coreaú – agência explodida; funcionando sem numerário;
Chorozinho – agência arrombada, funcionando sem numerário;
Hidrolândia – agência explodida; funcionando sem numerário;
Icapuí – agência explodida, funcionando na sala da Prefeitura, sem numerário;
Independência – agência explodida; funcionando sem numerário;
Ipueiras – agência explodida, funcionando sem numerário;
Itapiúna – agência explodida; agência explodida; funcionando sem numerário;
Jaguaretama – agência explodida; sem funcionamento;
Jaguaribara – agência explodida, funcionando parcialmente precariamente;
Jaguaruana – agência explodida, funcionando parcialmente sem numerário;
Madalena – agência explodida; sem funcionamento;
Milhã – agência explodida; sem funcionamento;
Missão Velha – agência explodida; sem funcionamento;
Monsenhor Tabosa – agência explodida; funcionando sem numerário;
Mulungu – agencia explodida, funcionando sem numerário;
Nova Olinda – agência explodida, sem funcionamento;
Novo Oriente – agência explodida; funcionando sem numerário;
Ocara – agência explodida, funcionamento parcial;
Pedra Branca – agências explodidas, atendimento nos Correios;
Pereiro – agência explodida; funcionando sem numerário;
Pedra Branca – agencia explodida; sem funcionamento;
Piquet Carneiro – agência explodida, sem funcionamento;
Pindoretama – agência arrombada, funcionando sem numerário;
Reriutaba – agência explodida, sem funcionamento;
Redenção – agência explodida, sem funcionamento;
Saboeiro – agência explodida; sem funcionamento
São João do Jaguaribe – agência explodida, mas funcionando sem numerário;
Senador Pompeu – agência explodida, funcionando parcialmente;
Tejuçuoca – agência explodida; sem funcionamento;
Uruoca – agência explodida, sem funcionamento;

Fonte: G1 CE

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