Justiça isola mais 15 presos na segurança máxima

Mais 15 líderes de facção foram transferidos do Ceará para um presídio federal. Desta vez, criminosos da Guardiões do Estado (GDE) foram isolados na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na última terça-feira, 21 integrantes do Comando Vermelho (CV) já haviam seguido para a unidade de segurança máxima no estado potiguar.

Sobre o assunto
27 cadeias públicas são fechadas
Equipes da PRF-PE reforçam monitoramento aéreo
Inicialmente, os detentos do sistema carcerário do Ceará ficarão 20 dias na cadeia de Mossoró. Depois, provavelmente, seguirão para a Penitenciária Federal de Catanduvas (Paraná) ou outro presídio com regras mais rígidas.
A medida, solicitada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público Estadual, é uma das estratégias para sufocar os ataques das facções criminosos registrados no Ceará e que já duram dez dias.

Ontem, o governador Camilo Santana (PT) havia anunciado a transferência de 20 presos. Porém, a Justiça cearense só autorizou a remoção de 18, enquanto a Justiça do Rio Grande do Norte só aceitou receber 15 (veja lista).

Entre os transferidos está Zaqueu Oliveira da Silva. Ele, que controlaria o tráfico de drogas nos o bairros Itaperi e Passaré, em Fortaleza, foi denunciado pelo MP como um dos mentores da Chacina no Forró do Gago. Massacre que terminou com 14 pessoas mortas e 18 feridas, em 27/1/2018. Uma das funções dele, naquele dia, foi arregimentar “soldados” para a carnificina na comunidade do Barreirão, no bairro Cajazeiras.

Zaqueu ou H20, ao lado dos criminosos Deijair de Sousa Silva, Auricélio Sousa Freitas (o Celim) e os irmãos Misael de Paula Moreira (o Afeganistão) e Noé de Paula Moreira (o Gripe Suína), formariam o Conselho da GDE que planejou a chacina.

O grau de periculosidade dos criminosos foi um dos argumentos que convenceu os juízes a decidir pelo isolamento. Mesmo dentro do sistema penitenciário, eles comandavam o tráfico de drogas e acertavam o assassinato de inimigos ou devedores.

Outro considerado perigoso é Vinícius da Silva Oliveira, o Mortadela. Ele liderava a facção em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza. O traficante comandou o ataque ao Fórum da cidade, em janeiro de 2018, quando bandidos invadiram o prédio e roubaram armas de fogo. O grupo de Vinícius também destruiu processos criminais e pichou as paredes do Fórum com a sigla GDE. O detento seria responsável ainda por uma série de assassinatos.

Os pedidos de transferências de Marigebio Ferreira de Freitas, Francisco Roberio, Ferreira Martins, Douglas Feitosa e mais dois presos dependem de informações burocráticas.

De acordo com a decisão judicial, o presídio de Mossoró não é um local indicado para a transferência de presos oriundos do Nordeste. Especialmente do Ceará, por causa da proximidade geográfica. No entanto, “diante da situação de emergência” concedeu-se a remoção. Depois de 20 dias, nova mudança para outra região do País.

URGÊNCIA 

A transferência dos 15 presos para a Penitenciária Federal de Mossoró aconteceu em caráter de “urgência, excepcionalidade e extrema necessidade”. Desde o último dia 2, facções incendeiam ônibus, prédios e equipamento públicos e privados.

Fonte: O Povo Online


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *