Ceará registra 104 notificações e 13 mortes por meningite em 2019

O Ceará notificou 104 casos de Doenças Meningocócica (DM) e outras meningites em 2019. No mesmo período, 13 evoluíram para óbito, conforme o Boletim Epidemiológico de Meningite da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), de 26 de março. Desses, pelo menos 92 pessoas contraíram outros tipos da enfermidade, sendo que oito delas morreram.

Outros 12 casos foram anotados e cinco óbitos notificados por Doença Meningocócica. Os casos de DM foram observados em Paracuru, Baturité, Guaramiranga, Mombaça, Fortaleza e Caucaia. As duas últimas cidades apresentaram, juntas, quatro óbitos. Oito mortes ocasionadas pelos demais tipos de meningite foram anotadas na capital (3) e em mais cinco municípios cearenses: Barro (1); Barbalha (1); Baturité (1); Cruz (1); e São Luís do Curu (1). Somados, estes locais apontaram 43 notificações.

De acordo com o boletim epidemiológico, houve indicativos da patologia em Caucaia (6); Maracanaú (5); Quixadá (4); Ocara (3); Itaitinga (2); Redenção (2); Aracoiaba (2); Limoeiro do Norte (2); Santa Quitéria (2); Horizonte (2); Eusébio (1); Pentecoste (1); São Gonçalo do Amarante (1); Itapiúna (1); Caridade (1); e Miraíma (1).

Também houve registros em Quixeramobim (1); Morada Nova (1); Palhano (1); Sobral (1); Tabuleiro do Norte (1); Guaraciaba do Norte (1); Ubajara (1); Parambu (1); Aurora (1); Farias Brito (1); Cascavel (1); e Pindoretama (1). Não houve registro de mortes pela doença nestes lugares.

Levantamento
A Sesa informou que as etiologias de maiores ocorrências foram as não especificadas, seguida da viral, meningocócica e, por último, a pneumocócica. Quanto aos óbitos, a maioria foi causada por meningocócica, pneumocócica e não especificada.

Em 2018, no mesmo período, haviam sido notificados 131 casos de meningite, sendo 75,5% (99/131) confirmados. As etiologias de maiores ocorrências foram as não especificadas 47,5% (47/99), as virais 21,2% (21/99), meningocócica e outras, com 8% (8/99).

Quanto aos óbitos, foram 50% (5/10) de meningite não especificada, 20% (2/10) para meningocócica e 20% (2/10) para pneumocócica, totalizando 10 óbitos. Até a semana epidemiológica 11, de acordo com o órgão, 2,2% (4/184) dos municípios tiveram confirmações de DM. As mortes representaram 0,5% (1/184). Em 2019, o levantamento afirma que apenas dois dos 184 municípios confirmaram os casos, sendo que um registrou óbito.

Entre 2010 e 2018 foram confirmados 3.405 casos de meningites. No período, a faixa etária mais acometida foi a de 20 a 39 anos, que representou 28,3% dos casos. Logo em seguida vinha o grupo de 40 a 59 anos, com 18,1% das ocorrências. A imunização é a forma mais efetiva de prevenir a doença, principalmente na infância, quando a preocupação de as crianças adquirirem doenças é maior.

A meningite é um processo inflamatório que pode ser causado por bactérias, vírus, fungos ou agentes não infecciosos. Ela pode ser apresentada de outras maneiras, inclusive mais graves. A doença meningocócica é a mais invasiva e acontece com uma frequência maior em relação às demais.

Sintomas
As pessoas que sentirem febre alta, vômitos constantes, dores na cabeça e no pescoço, sensação de mal-estar, rigidez na região da nuca e ou manchas roxas na pele devem ficar atentas, pois estes são alguns dos sintomas apresentados por quem está com meningite.

Os indicativos em pessoas com menos de um ano de idade podem não ser tão evidentes. Presença de sinais de irritabilidade, como choro persistente e inchaço nas partes “moles” da cabeça do bebê são alguns sinais de que ela pode estar com a doença.


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