Madalena, Solonópole e mais 36 municípios cearenses apresentam problemas relacionados ao consumo de crack

No último dia 13, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou pesquisa sobre a relação de cidades brasileiras que enfrentam problemas com consumo de drogas. Ao todo, 97,31% de 1.599 municípios sofrem com o problema. Desses,  73,8% são relacionados com a circulação de crack.

No Ceará, conforme a CNM, 16 municípios apresentam problemas, em nível alto, relacionados ao consumo de crack, 17 estão em nível médio, 5 em nível baixo, 2 não foram informados, 3 estão sem complicações e 141 não participaram da pesquisa.

No levantamento aparecerem dois municípios do Sertão Central: Madalena e Solonópole. O primeiro se encaixa na categoria de nível alto e o segundo em nível médio. Confira a lista completa:

Problemas relacionados ao consumo de crack:

Nível Alto
Jijoca de Jericoacoara, Groaíras, Paraipaba, General Sampaio, Pacoti, Itaitinga, Horizonte, Ocara, Russas, Aracati, Madalena, Independência, Pereiro, Caririaçu, Milagres e Jardim.

Nível Médio
Camocim, Marco, Moraújo, Meruoca, Ubajara, São Gonçalo do Amarante, Maranguape, Pacatuba, Redenção, Fortim, Itapiúna, Jaguaribara, Solonópole, Quixelô, Lavras da Mangabeira, Nova Olinda e Abaiara.

Nível Baixo
Barroquinha, Guaraciaba do Norte, Campos Sales, Várzea Alegre e Baixio.

Nível não informado
São Benedito e Caucaia.

Sem problemas
Ararendá, Ipaumirim e Porteiras.

Ao todo, 43 municípios participaram da pesquisa, equivalente a 23,37% do total.

Resultados
Um dos pontos levantados é a capilaridade do problema, que alcança pequenas e grandes cidades, mais próximas ou distantes de grandes polos ou mesmo da fronteira do país. Isso, porque 87,3% dos municípios pesquisados são localidades de pequeno porte — ou seja, possuem menos de 50 mil habitantes. O presidente da CNM, Glademir Aroldi, destaca que o alcance das drogas nestes locais menores esbarra ainda na falta de recursos para enfrentar a temática. “Não é possível ter um Caps em todas as cidades. Por isso, precisamos de serviços regionalizados, com apoio da União e dos Estados também”, opina.

Segundo o estudo, 50,16% das gestões que responderam à pesquisa desenvolvem ações com recurso próprio. Além disso, apenas 28,72% possuem Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que prestam serviços de saúde de caráter aberto e comunitário, constituído por equipe multiprofissional. As principais áreas afetadas pelo uso de drogas são saúde (67,92%), segurança (61,48%), assistência Social (60,48%) e educação (56,47%).

Metodologia
A CNM disponibiliza o questionário on-line na plataforma do Observatório do crack para que o responsável, indicado pelo(a) gestor(a) municipal, tenha acesso às perguntas. A pessoa encarregada recebe uma senha de acesso e um login via e-mail. O questionário é composto por quatorze perguntas-mãe que se desdobram em outras, conforme as respostas.
(Agencia Brasil)

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