Cearense relata ser mantida em cárcere privado na Itália

A família da cearense Joyce da Silva (25) luta para trazer a mulher para Fortaleza. Ela foi embora do Brasil com o companheiro para morar na Itália, com a promessa de uma vida melhor. No país, encontrou outra realidade e, segundo ela, vive, hoje, em cárcere privado. 

“Tudo o que eu mais quero é ir embora com minhas filhas. Tudo o que eu mais quero nessa vida. A gente não vive aqui. A gente só tem a mãe dele [pai das crianças]. As meninas só vivem doentes. Eu só vivo aprisionada dentro dessa casa. Só saio se for com assistente social me acompanhando todo dia e eu estou cansada dessa vida. Quero ir embora. Quero poder viver minha vida. Porque aqui eu não trabalho, não faço nada da minha vida. Eu quero ir embora o mais rápido possível”, disse Joyce, em áudio encaminhado para a família. 

A cearense mora na Itália há um ano, quando foi levada pelo companheiro, Gabriel Di Paolo, brasileiro com cidadania italiana. Ela afirma que vive em cárcere provado e sofre agressões. “Eu vim para cá enganada, achando que ia ter um futuro melhor, que ia ser bom para mim”, explica a mulher. “Quando chegou aqui foi tudo diferente. Disse que ia ter casamento, disse que ia ser tudo um mar de rosas”, desabafa. 

Joyce e Gabriel estão juntos há sete anos e têm duas filhas: De seis e dois anos de idade. Segundo a família, ela sofria agressões físicas e verbais, mas nunca conseguiu sair da relação. A situação se agravou após o nascimento da filha mais nova, quando começou a conviver com a depressão. Nos últimos anos, a mulher vive entre internações em clínicas psiquiátricas e toma remédios regularmente. 

A irmã da vítima, Wilziane da Silva, afirma que não sabia dos planos de Gabriel para levar a irmã para fora do país. Ela alega que a mulher estava sob efeito de medicamentos quando foi retirada de dentro da clínica onde estava internada em tratamento. Ela afirma que tudo que a família quer é trazê-la de volta para o Brasil em segurança. 

(CNews)

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