Especialistas mostram preocupação com a chegada da variante Delta no Ceará

A variante Delta do novo coronavírus foi identificada em outubro do ano passado, mas somente em março de 2021 que ela passou a assombrar as autoridades sanitárias do mundo ao ser responsável por um grande número de casos que surgiram na Índia, causando uma onda gigantesca de óbitos, fazendo com que àquele país, que antes nem aparecia nas estatísticas, passasse a figurar como o terceiro país com número de casos e óbitos no mundo. A partir daí, onde tem chegado, a nova cepa tem feito estragos. Países como a Inglaterra, Israel, Estados Unidos e Portugal já experimentaram a sua força de transmissão ocasionando uma terceira onda de casos.

Segundo médico infectologista e professor do programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza (Unifor), Keny Colares, alguns estudos estão sendo feitos para ver como funciona essa nova cepa. “Ela tem duas características que preocupam mais. Uma delas é a capacidade de transmissão. Ela pode levar o indivíduo a eliminar uma quantidade grande de vírus e com isso infectar mil vezes mais. Se uma pessoa está eliminando muito vírus ela pode infectar mais pessoas. Não é à toa que ela caminha de uma forma muito acelerada. Estima-se que cada pessoa infectada transmita o vírus para outros seis indivíduos, o dobro que ocorria com o vírus original. A outra característica original é que essa variante tem é a capacidade de driblar a proteção parcial que é desenvolvida por uma pessoa que já foi infectada e mesmo as que foram vacinadas”, pontua.

Ele observa, no entanto, que a chance de a pessoa se infectar pela segunda vez é bem menor por estar parcialmente protegida. Pontua que as pessoas vacinadas também podem desenvolver a doença com essa nova cepa, mas a possibilidade é menor. “Esse vírus tem capacidade de driblar essa proteção, fazendo com que infecte pessoas que já tiveram a doença ou foram vacinadas. Nos países que ela chegou conseguiu desequilibrar os avanços e muitos tiveram que retomar as medidas restritivas. Em mais de 100 países que essa variante foi detectada o número de casos está crescendo”, frisa.

(Ceará Agora)


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