Após cinco meses, as mortes por doenças cardiovasculares voltam a superar aquelas causadas pela Covid-19, no Ceará. De 1º de julho a 28 de setembro deste ano, período de diminuição das infecções virais após a segunda onda da pandemia, o Estado já acumula 1,7 mil óbitos cardiovasculares a mais do que pelo coronavírus. O cenário serve de alerta neste Dia Mundial do Coração, lembrado nesta quarta-feira (29).

Entre os acometimentos cardiovasculares no período analisado, a maior causa de óbitos foi o acidente vascular cerebral (AVC), com 1.008 ocorrências. Em seguida, estão as causas cardiovasculares inespecíficas (748) e o infarto (657), somando 2.411 mortes. No mesmo período, o Sars-Cov-2 ocasionou 690 óbitos.

Médicos lembram que, durante os meses mais graves de pandemia, muitas pessoas deixaram de fazer o acompanhamento de doenças cardíacas por medo de ir às unidades de saúde. Sem cuidados mais atentos, ficaram mais propensas a complicações.

Prova disso é que, no acumulado de janeiro a setembro de 2021, houve 8.121 óbitos por doenças cardiovasculares, conforme a Arpen. O número é cerca de 20% maior que os 6.754 registrados em 2020 e os 6.789 de 2019.

(Diário do Nordeste)


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